Massagem é um termo geral para quando se manipula, pressiona ou esfrega a pele com o intuito de abordar músculos, tendões e ligamentos. Elas podem ser suaves ou demandar grande pressão, e são benéficas para ajudar no tratamento de diversas condições de saúde, desde que realizadas por um profissional qualificado e respeitando-se a condição do paciente. “A escolha do tipo de massagem passa em parte pela condição de saúde que a pessoa tem e em parte pelo que ela gosta ou deseja fazer”, diz Cesar Abreu Akiho, fisiatra do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio Libanês. “A massagem pode potencializar os ganhos do tratamento convencional, mas ela não pode substituí-lo, por mais que apresente resultados sozinha”, completa o especialista. São diversos os problemas de saúde e doenças que a massagem pode auxiliar no tratamento, mas é importante lembrar que antes de procurar um massagista é preciso saber a causa do problema, ter um diagnóstico, pois, dependendo do que está ocasionando os sintomas manipular a região pode agravá-los. Conheça nove casos em que a massagem pode ajudar:
Circulação
O fato da massagem movimentar certas partes do corpo, da pele, traz diversos benefícios, principalmente para a circulação, que pode ser beneficiada por diferentes tipos de massagem Isso porque “a massagem, em geral, ajuda na circulação e causa vasodilatação, melhorando o aporte sanguíneo”, afirma o cirurgião vascular Eduardo Toledo Aguiar, diretor clínico da Spaço Vascular e professor livre-docente de Cirurgia Vascular da Universidade de São Paulo (USP).
Inchaço
O benefício de ativar a circulação contribui para a redução do inchaço (edema) da região massageada. “Para ativar a circulação a massagem deve ser realizada de modo que comprima a região massageada da extremidade para o centro do corpo. Desta forma é possível ativar o sistema linfático, atuando na movimentação dos líquidos para os coletores linfáticos principais, diminuindo o inchaço e desconforto das extremidades do corpo”, explica Sidney Galego, cirurgião vascular do Hospital e Maternidade Brasil. Nestes casos, normalmente, é utilizada a drenagem linfática, que ajuda na redução da retenção de líquido, ativação da circulação sanguínea, combate à celulite e relaxamento corporal.
Tensão
Para que a massagem seja efetiva como tratamento auxiliar, é importante que se identifique a causa do problema. Mesmo nos casos de tensão, há diferença quando ela é ocasionada pelo estresse ou é uma tensão muscular. “A tensão muscular irá responder melhor à massagens mais profundas, com mais energia e pressão. No entanto, se for causada por estresse, a massagem relaxante pode ter um efeito mais satisfatório”, explica o fisiatra Cesar Abreu Akiho, do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês.
Estresse e ansiedade
Um estudo publicado pelo jornal Depression and Anxiety mostrou que três meses após receber uma série de massagens de dez sessões os pacientes analisados apresentavam metade dos sintomas de ansiedadeque tinham antes. E não é só para os adultos que os benefícios foram comprovados. Um estudo realizado pelas universidades americanas de Louisville e Utah mostrou que massagens terapêuticas em bebês prematuros podem diminuir o estresse que eles estão passando por conta dos cuidados necessários nas unidades de terapia intensiva, auxiliando no processo do seu desenvolvimento.
Dores nas costas
É importante ressaltar que a pessoa com dor nas costas jamais deve procurar tratamento com massagem antes de ter o diagnóstico da causa da sua dor para não acabar por atrapalhar o tratamento e até piorar os sintomas. “As dores nas costas que geralmente respondem melhor à massagem são as de origem mecânica e inespecífica, em que os exames não conseguem localizar a causa, que se aplica a maior parte das lombalgias”, diz o fisiatra Akiho. Um estudo publicado no jornal Annals of Internal Medicine mostra que as massagens (estrutural ou relaxante) ajudam nas dores e na funcionalidade da movimentação de pessoas com dores crônicas na região baixa das costas mesmo seis meses após o tratamento. Os participantes receberam uma massagem semanalmente, com duração de uma hora cada.
Dores no corpo
Dores neurofaciais, dor de cabeça, dor nas pernas, dor muscular e várias outras podem ser beneficiadas ou não pela massagem, tudo depende da causa deste sintoma. Então, antes de procurar um massagista, por exemplo, é preciso ter o diagnóstico certo da causa, uma vez que dependendo da condição de saúde que está ocasionando a dor, a massagem pode agravar o quadro. “Se a pessoa tem uma infecção ou neoplasia, por exemplo, há o risco da doença se disseminar, se há uma aterosclerose das artérias cervicais o risco é de que com a manipulação uma placa acabar se soltando e causar um AVC e, se massagear uma perna com trombose, há o risco de embolia pulmonar”, alerta Akiho. No demais, segundo o especialista, dores musculares normalmente reagem melhor a massagens mais vigorosas e profundas. Já as dores neurofaciais podem ser reduzidas com uma manipulação facial. Caso seja um atleta, a massagem pode ser realizada com movimentos rápidos.
Depressão
“Para que a massagem auxilie no tratamento da depressão é necessário que o paciente se sinta confortável durante a prática. Os estudos demonstram resultados semelhantes para os diversos tipos de massagem, das mais relaxantes até as que aplicam maior pressão, dependendo da vontade da pessoa”, diz o fisiatra.
Insônia
Para quem tem insônia as massagens mais suaves e que promovem o relaxamento são mais indicadas. Bons exemplos são a massagem relaxante – que faz uso de movimentos deslizantes e leves, com uso de óleos aromáticos, o que proporciona uma sensação de conforto e descanso – e o shiatsu, que faz parte da medicina chinesa e promove o relaxamento, liberação dos pontos de tensão muscular e melhora da função dos órgãos internos.